Porque toda mãe é uma pouco médica e muito louca!

Aí você chega em casa e sua filha vomitou. Você a pega no colo e ela vomita mais uma vez.

SER mãe é ter uma filha de 100 anos e ainda se assustar com “febre” de 37,5ºC ou vômitos ou dores de estômago ou dor de barriga.

É como se nenhuma indisposição simples fosse só isso. É como se cada dor de barriga fosse um alerta para algo mais grave. É como estar sempre em suspensão com o medo constante de p-e-r-d-e-r.

SER mãe = uma das minhas melhores facetas. Uma das minhas facetas mais dolorida e angustiante.

Não, não adianta pedir que eu relaxe. Mas me abrace, se puder!

Não escolhi ficar grávida, mas escolhi SER mãe!

Aninha completará 5 anos daqui 8 horas e 40 minutos (Ela nasceu às 8:50 de um sábado chuvoso em SP).

Eu diria um milhão de coisas sobre o porque e como aquele ser minúsculos e enrugado mudou a minha vida completamente, mas vou apenas dizer que sou a mulher mais feliz do mundo por ter feito uma escolha: levar uma gravidez não planejada adiante. Essa escolha mudou minha vida, além de ter sido a minha escolha mais importante, foi a mais sábia também.

Em tempo: milito pelo direito de outras mulheres a não darem continuidade a uma gravidez não desejada e seguirei lutando pela descriminalização do aborto. Pelo direito das mulheres mandarem em seus corpos, em suas vidas.

Te amo cada dia mais, filha!